Este é um tema abordado com freqüência em revistas da área de recursos humanos, encontrado em congressos, livros e outras publicações. Afinal, essa não é uma palavra tão estranha no vocabulário de um país apaixonado pelo futebol. Coaching, coach, do inglês, treinador.
Em rápida análise das publicações existentes percebe-se que há muito que aprender: diferentes percepções, diferentes bases teóricas, diferentes abordagens. Independente da abordagem escolhida, o tema coaching envolve e estimula a quem dele se aproxima. Pensar o que é coaching é mais do que entender a origem do termo. É pensar como um indivíduo pode despertar no outro aquilo que tem de melhor: potencialidades adormecidas ou entorpecidas, desejos ocultos, possibilidades de ação, enfrentamento das limitações. Ser coach é antes de tudo contribuir para a construção do outro, acreditando que ele pode fazer por si mesmo. Ao coach cabe fazer perguntas, questionar, ajudando a refletir sobre os objetivos estabelecidos e como conquistá-los.
O conceito de coaching apresentado por Ane Araújo, destaca a importância dorelacionamento entre coach e coachee. Para a autora, coaching “é um relacionamento no qual uma pessoa se compromete a apoiar outra a atingir um determinado resultado: seja ele o de adquirir competências e/ou produzir uma mudança específica. Mas não significa um compromisso apenas com os resultados, mas sim com a pessoa como um todo, seu desenvolvimento e sua realização”.
Este processo de desenvolvimento deverá ser construído, através de uma parceria onde cada um se compromete a dar o melhor de si. Uma parceria que pressupõe uma relação de confiança. Mas que tem início e fim.
Assim, do coach espera-se imparcialidade, abertura, cooperação, clareza na comunicação, escuta ativa, foco nos fatos e nos resultados a serem alcançados, capacidade de identificar referenciais, modelos mentais e capacidades, mantendo sempre o respeito às possibilidades de seu cliente.
A contribuição do coachee para o processo está em ter clareza de onde quer chegar, na abertura a revisão de paradigmas e na recepção de feedbacks, além de uma atitude de comprometimento com o resultado do processo.
O papel e a responsabilidade de cada participante do processo, a meta a ser alcançada e o número de encontros são importantes combinações que são estabelecidas no início do processo.
Para encerrar, cabe destacar que embora o coaching possa ser aplicado em diferentes contextos (melhoria de desempenho, desenvolvimento de liderança, desenvolvimento de habilidades), ele não deve ser confundido com consultoria, aconselhamento, psicoterapia, formação de novos conhecimentos, avaliação de desempenho ou um bate-papo informal.
Fazer parte de um processo de coaching, seja como coach ou coachee, exige de ambos uma crença genuína nas potencialidades humanas, aliada aos conhecimentos e técnicas que dêem sustentação ao processo (coach) e ao comprometimento consigo mesmo (coachee), para que, no final, o coachee possa ser e se sentir a estrela do show.