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Já não é preciso retomar a importância da área de T&D nas organizações, uma vez que já entendemos que nenhuma grande empresa é construída sem pessoas capacitadas, comprometidas e dispostas a usar seu potencial criativo em prol de determinada organização.

Ser capaz de viver, trabalhar em um ambiente em constante mudança já é uma necessidade. Portanto, é urgente a formação de trabalhadores com condições de assumir novas atividades, de servirem como modelos para novos entrantes e serem capazes de, no futuro, ocupar os diferentes cargos existentes nas organizações.

Neste processo de treinar e desenvolver pessoas lembramos do levantamento das necessidades de treinamento, da elaboração dos conteúdos e materiais, da escolha da metodologia e recursos instrucionais, do momento da aprendizagem e das formas de avaliação.  Afinal, estes são requisitos necessários às certificações.

Porém um aspecto parece não ter destaque: o multiplicador interno.

Não me refiro apenas a escolha deste, mas à sua formação. A literatura trata do tema reforçando a tecnologia envolvida na atividade de treinamento, a qual o multiplicador deve dominar. Também destaca que o mesmo deve dominar o assunto e lista uma série de características que este deve possuir, tais como: disposição e capacidade de aprender, adaptação e flexibilidade, atenção e interesse genuíno pelos colegas, paciência, persistência, responsabilidade, confiança, comunicação eficiente, atenção ao detalhe, conhecimento da atividade, respeito aos colegas de trabalho.

Onde será que encontraremos este “super-homem”?  Com dificuldade para encontrá-lo escolhemos o que mais se aproxima do perfil.

Por que não escolhemos multiplicadores de treinamento com o mesmo cuidado que selecionamos pessoas para outras ocupações? Quais são os aspectos fundamentais para a atividade de ensino? Quais as habilidades do instrutor que podem ser treinadas?

Responder a estas questões é pensar a atividade de treinamento de uma forma mais ampla. Ë olhar para o nosso colega trabalhador, que assume o papel de multiplicador, e perceber a diferença que um multiplicador bem formado tem no resultado das ações de T&D. É valorizar esta atividade e, reconhecendo o seu valor, dar-lhe condições de desenvolvimento.

Falamos em enriquecimento do trabalho, em visão sistêmica, em trabalho em equipe, em inovação, em valores organizacionais, mas como integramos estes conceitos (não seria melhor práticas?) nas ações de treinamento? Em qualquer situação de ensino, a forma como são construídas as situações de aprendizagem, podem considerar os conceitos acima citados, podem respeitar o sujeito como o ser integral que é. Essa escolha cabe ao multiplicador, que refletirá na sua prática suas crenças, valores e conhecimentos.

E qual é a nossa escolha? Quem é o instrutor que estará formando nossos trabalhadores?