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Num processo de Benchmarking é necessário que se faça a identificação das boas práticas, que as mesmas sejam analisadas, comparadas, adaptadas para então serem implementadas.

Este ano estou tendo a oportunidade de coordenar uma equipe de consultores num grande projeto de benchmarking voltado a negócios brasileiros no setor de turismo. Cerca de 120 empresas brasileiras terão passado pelo projeto até o final de 2010. E com essa amostragem bastante consistente já começo a fazer algumas importantes reflexões em relação ao poder dessa ferramenta de gestão e de como ela pode e deve ser utilizada por profissionais e pelas empresas de todos os setores.

Para Christopher E. Bogan, Benchmarking é um método sistemático de procurar os melhores processos, as idéias inovadoras e os procedimentos de operação mais eficazes que conduzam a um desempenho superior. Dessa forma, pode ser aplicado tanto através do estudo de outras organizações quanto através do estudo das melhores práticas dentro da propria organização e que muitas vezes ainda nao estão disseminadas internamente.

 Ouvindo as pessoas que participam dos treinamentos que aplico em organizações, em especial nos programas de fortalecimento de equipe, fico surpreso com a quantidade de melhorias que são aprendidas com a simples troca de experiências e aprendizados entre pares ou entre diferentes áreas da empresa.

Quando o profissional ou a equipe pensa estar chegando ao ápice da sua performance, ao participar do treinamento com pessoas de outra equipe, começa a perceber o mundo de oportunidades que ainda existem para serem exploradas. Estamos falando de práticas nas dimensões de otimização de processos, redução de custos, aumento do faturamento, redução dos níveis de risco, melhoria do ambiente de trabalho, só para citar algumas.

Num processo de Benchmarking é necessário que se faça a identificação das boas práticas, que as mesmas sejam analisadas, comparadas, adaptadas para então serem implementadas. Durante esse processo, é importante cuidar para não cair nas duas armadilhas comportamentais que podem interferir negativamente na utilização dessa ferramenta: 

1 – Achar que é melhor – Sim, sempre somos melhores em alguns aspectos, mas não deixe que isso atrapalhe sua visão para aquilo que é possível aprender. Desenvolva sua atitude curiosa e abra seus canais de percepção. 

2 – Achar que não se aplica – Sim, as realidades e os contextos são quase sempre diferentes. Não interrompa o processo antes de analisar, comparar e adaptar. Faça sempre a pergunta:como eu posso adaptar essa prática para que fique aplicável na minha realidade?

Benchmarking, seja interno (dentro da própria empresa) ou externo (com outras organizações) é também uma oportunidade de crescimento pessoal. Seu Benchmarking será tão rico quanto você for capaz de:

Sair da sua zona de conforto; Ser humilde para se colocar na posição de aprendiz; Surpreender-se ao perceber o quanto as pessoas estão dispostas a mostrar seus "bastidores" e ajudar; Identificar quais são as mudanças de sua responsabilidade para a implementação de uma melhoria; Mudar velhos hábitos; Gerenciar mudança;

Lembre-se de circular a informação e o conhecimento dentro da sua empresa, faça tanto o papel de receptor quanto de emissor. O objetivo maior é aumentar a competitividade da organização. O mundo hoje é para organizações excelentes dentro das quais há cada vez mais necessidade de profissionais capazes de aprender e compartilhar, sem demora.