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Ao longo dos últimos 40 anos a sociedade tem enfrentando profundas mudanças. O modelo de consumo mudou, o modelo de saúde mudou, o modelo de educação está mudando, o modelo econômico está mais “flat”, a tecnologia vem integrando “tudo” e “todos”, enfim, as fronteiras estão se diluindo.

Para o bem ou para o mal, os novos costumes incorporados pelos jovens desta nova sociedade tem atingido as empresas em cheio.

Podemos citar e comparar a frase de Daniel Cohn-Bendit, sobre os anos 60: "...queríamos mudar a linguagem e o estilo de vida, queríamos uma liberação dos costumes, o entusiasmo da solidariedade, a alegria de superar o egoísmo", usando a revolta e as drogas como seu principal instrumento de ação.

A nova geração parece que conquistou isso. Ela faz com que suas identidades transcendam o local onde estão, desenvolveram uma forma não linear de pensar e agir e querem liberdade e aceitação total para seu modelo de usos e costumes, sem fidelidade e continuidade aos projetos e empresas. O importante é experimentar muitas “coisas” e questionar o modelo vigente: pouco sustentável e excessivamente consumidor do almejado “free time to ride”.

Neste contexto, de rápidas, profundas e comprovadas mudanças percebi um contraponto que me faz refletir: Não é estranho encontrar tantas empresas enfrentando dificuldades para melhorar a execução de suas novas estratégias e planos, quebrar o status quo e obter novos níveis de desempenho? Haja vista a certeza de que grandes mudanças estão ocorrendo, de que a nova geração quer e está lutando por mudanças e que +50% das pessoas nas organizações fazem parte deste grupo...

Para compreender este contraponto, recentemente, realizamos uma pesquisa exploratória com diversos amigos e seguidores de nossa fanpage (ECR Consultoria) no Facebook (800 convidados, 176 respostas), para procurar entender os principais fatores, perguntando:  Na sua opinião, qual o maior obstáculo à execução de suas estratégias e planos? As respostas:

Mudança

Resistência à mudança com 32% das respostas, e, Falta de comprometimentos dos envolvidos com 23% das respostas, são os principais motivos segundo os participantes da pesquisa.

Intrigados com as respostas e buscando entender o que realmente pode fazer a diferença para as organizações conduzirem a gestão da mudança com sucesso, melhorando a eficácia da execução, convidamos o mesmo grupo para uma nova pesquisa , perguntando:  Em nossa última pesquisa sobre: Dificuldades para executar estratégias e planos, o item Resistência a Mudança, foi o de maior votação (23%). Queremos seu apoio para explorar melhor esta questão. Em sua opinião qual das formas de resistência abaixo aparece com maior frequência em sua organização? As respostas:

Mudança

Indiferença (agente mostra perda de interesse, faz por obrigação) com 51% das respostas, é o principal motivo segundo os participantes da pesquisa.

As atuais respostas me levaram a formular uma nova pergunta: Como estruturar a execução de novas estratégias criando condições para redução da resistência a mudança e entender o comportamento dos agentes para que não ocorra indiferença?

Bom, este deve ser o tema de nossa próxima pesquisa.

O que é certo é que todas as questões levantadas acima mexem com status quo, ou seja, tratam de novos posicionamentos, novos desafios e responsabilidades para as pessoas  e novos processos de tomada de decisão. De nada adianta os líderes da organização buscarem estratégias e planos inovadores se não conseguirem o engajamento de todos a favor da causa. É fundamental que mais e mais pessoas comprometam-se com o alcance dos desafios propostos.