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Acabei de ler um artigo interessantíssimo na revista Harvard Business Review, onde dois professores de economia comportamental fizeram um estudo sobre o impacto das emoções de curto prazo nas tomadas de decisão futuras.

Eles descobriram, com base na Teoria da Dissonância Cognitiva de Festinger, que quando estamos diante de uma decisão a ser tomada, nosso cérebro busca referências de experiências anteriores para nos auxiliar a tomar a decisão atual, porém, nesta busca, o cérebro não avalia se as decisões foram tomadas em momentos de pressão, depressão, raiva, calma, alegria, etc.

Ou seja, o que eles conseguiram comprovar é que, quando estamos passando por um momento de extrema alegria e somos mais “leves” nas tomadas de decisão, ou quando passamos por momentos de ira e raiva e somos duros com os outros, isso irá impactar diretamente as decisões futuras.

O impacto disso é absurdo, já que corremos o risco de tomar uma decisão equivocada, mesmo quando estamos calmos e “racionais”, pois temos como referência as decisões que tomamos no passado quando estávamos irados, querendo uma revanche, sendo muito pouco racionais.

Essa conclusão é muito interessante para nós, pois nos proporciona o conhecimento necessário para sermos ainda mais racionais ou contar até 10 (ou 10.000, como sugerem os autores dos artigo) e nos acalmarmos antes de decidir tomar qualquer atitude.

Principalmente pessoas que tomam decisões sobre pessoas, o impacto disso é gigantesco. Deixa claro que essa balela de “eu separo muito bem vida pessoal de profissional” ou “eu não deixo meus problemas pessoas afetarem meu trabalho” é realmente uma balela.