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O Lean é uma filosofia, ou uma estratégia, que concebe uma nova visão de industrialização com a finalidade de reduzir o Lead Time de um processo, ou seja, do tempo entre o pedido formulado pelo cliente e a entrega do mesmo, focando a eliminação dos desperdícios, baseados nas sete grandes perdas do sistema Toyota de produção segundo Taiichi Ohno, que são:

  • Perdas por Superprodução;
  • Perdas por Transporte;
  • Perdas por Processamento;
  • Perdas por Produtos Defeituosos;
  • Perdas por Espera;
  • Perdas nos Estoques;
  • Perdas por Movimentação.

A eliminação das sete grandes perdas é o maior objetivo do Lean. A constante minimização ou eliminação destas perdas resulta em grandes reduções de lead time e despesas operacionais, tornando os processos produtivos muito mais enxutos e flexíveis, tornando a empresa mais competitiva na economia global.

Conceitualmente o Lean incentiva um maior envolvimento das pessoas, enfatizando o trabalho em equipe, treinamento em massa e o aprendizado contínuo, produção voltada para o cliente, ou seja, em função da demanda (puxada), redução de lotes de transferência, redução de Work in Process, produção celular, troca rápida de ferramentas (TRF) e Manutenção Produtiva Total (TPM).

Uma análise da causa fundamental para cada uma das sete perdas permite identificar qual é o instrumento ou ferramenta do Lean mais adequada a ser utilizada. A maioria das perdas está ligada a instabilidade nos processos, desta forma controles estatísticos de processos (CEP), inclusive o MASP, podem ser apropriados para atacar tais perdas.

Para identificar onde as perdas estão inseridas ao longo do processo é necessário “aprender a enxergar”, sendo assim o mapeamento do fluxo de valor se mostra como uma ferramenta eficaz, dando uma perspectiva levando em conta o quadro mais amplo, e não só dos processos individuais, melhorando o todo, e não apenas as partes.

O Mapeamento do Fluxo de Valor estuda o conjunto de ações específicas necessárias para obter-se o melhor resultado de um produto acabado, desde a matéria-prima até a entrega ao cliente, focando nos fluxos de material e de informação. O resultado do mapeamento do fluxo de valor é uma identificação de forma gráfica, um mapa, da atual situação da cadeia produtiva, a qual serve como base para a construção de um estado futuro desejável.

Identificando as perdas com o mapeamento do fluxo de valor, é possível enxergar e focar no fluxo de uma forma ideal ou melhorada, criando assim um fluxo que agregue valor.

“Perdas são todas as atividades que geram custo e não adicionam valor ao produto. Nós devemos ter em mente que a maior das perdas é aquela que nós não enxergamos.”
Shigeo Shingo

Colaboração: Everton Silva