A informação estratégica e sua utilização para a tomada de decisões é objeto de interesse em praticamente todo tipo de organização, além de estudiosos e acadêmicos.
A convergência tecnológica iniciada com intensidade na segunda metade do século XX, e conseqüente evolução das tecnologias de informação (TI), têm facilitado a identificação de fontes de coleta, armazenagem e manipulação de dados e informação, além do que, a quantidade de informação disponível aumenta a cada momento (CASTELLS, 2000).
Este fenômeno tem provocado drásticas reduções de custo de obtenção, processamento e transmissão de informações, e está alterando a maneira de se fazer negócios nas empresas PORTER; MILLAR, 1999).
Nesse contexto, a capacidade de reagir e o tempo de reação são qualidades fundamentais para a definição de estratégias das empresas para que estas possam se tornar claramente orientadas para o mercado e aproveitar as oportunidades (POZZEBON; FREITAS; PETRINI, 1997), além de antecipar às mudanças do ambiente. Embora seja fácil de reconhecer a facilidade de acesso a redes e bancos de dados, que coloca ao alcance de todos uma quantidade de informações cuja absorção é praticamente inviável, o que se objetiva nas empresas é a informação que possa ser utilizada para a busca de algum tipo de vantagem competitiva.
Freitas e Lesca (1992) chamaram essa necessidade de informação de "busca da perenidade das condições de competitividade". Para Drucker (1988) as empresas não terão outra escolha senão lastrear toda sua atividade na informação.
Essa condição é o reflexo de uma série de fatores, entre os quais a transferência do centro de gravidade operacional dentro das empresas, passando rapidamente dos trabalhadores manuais aos trabalhadores intelectuais. Business Intelligence (BI) pode ser traduzido como inteligência de negócios, ou inteligência empresarial.
Isto significa que é um método que visa ajudar as empresas a tomar as decisões inteligentes, mediante dados e informações recolhidas pelos diversos sistemas de informação. Sendo assim, é uma tecnologia que permite às empresas transformar dados guardados nos seus sistemas em Informação qualitativa e importante para a tomada de decisão.
Há uma forte tendência de que os produtos que compõem o sistema de IE de uma empresa passem, isoladamente, a prover funções extras que auxiliem na tomada de decisões. Por exemplo, todos os sistemas que funcionam numa perspectiva de organização da informação. Sendo assim temos: ERP – Enterprise Resource Planning (Sistema Integrado de Gestão Empresarial); CRM – Customer Relationship Management (Gestão de Relacionamento com o Cliente). BPM – Business Process Management (Gerenciamento de Processos de Negócio).
Então como produzir ou desenhar inteligência empresarial?
Quando a organização decidir implementar uma ou mais das ferramentas tecnológicas acima deve-se relacionar as questões e suas possíveis decisões, tais como:
- Questões de alinhamento de metas: é o primeiro passo para determinar propostas de curto e médio prazos.
- Questões de base: coleta de informações de competência atual e suas necessidades.
- Custos e Riscos: as consequências financeiras da nova iniciativa.
- Cliente e "stakeholder": determina quem serão os beneficiados da iniciativa e quem pagará por ela.
- Métricas relacionadas: estes requerimentos de informações devem ser operacionalizadas com clareza e definidas por parâmetros métricos.
- Mensuração Metodológica: deve ser estabelecido um método ou procedimento para determinar a melhor ou aceitável maneira de medir os requerimentos.
- Resultados relacionados: alguém deve ser o monitor do programa para assegurar que os objetivos estão ocorrendo. Decisões necessárias: deve ser estabelecido o conjunto de decisões operacionais, táticas e estratégicas que a solução tecnológica deve suportar.