Softwares de colaboração ajudam as empresas a criar novidades e a reter todo o conhecimento.
Para conquistar um consumidor que busca variedade, a fabricante de calçados Grendene oxigena seu portfólio constantemente. Há três meses, usa para isso um software de colaboração que já começa a gerar resultados.
Durante a criação de uma linha para as sandálias Ipanema, a empresa se supreendeu com uma outra ideia inteiramente nova, que surgiu graças à colaboração dos 140 funcionários de várias áreas que usam o software, chamado Nous.
Por meio de uma troca de mensagens, a equipe da Ipanema percebeu que usar plástico reciclável era uma demanda e que o solado anatômico faz sucesso nas lojas. Nascia, assim, a Ipanema Neo, com essas características. “Muitas vezes você não sabe como chegou a uma boa ideia”, diz Edson Matsuo, diretor de inovação da Grendene. “Com essas ferramentas, as pessoas gerenciam a criação e o conhecimento fica na empresa.”
Esse tipo de software permite que os funcionários participem de comunidades temáticas em que debates se dão em painéis virtuais. No Nous, cada contribuição agrega uma palavra-chave ao perfil do funcionário, e as ideias são avaliadas pelos participantes. Tudo fica registrado.
Um número crescente de empresas gerencia o conhecimento por meio de softwares, mostra estudo recente da consultoria Forrester Research, que identificou a inovação como prioridade para 93% das companhias ouvidas. “Inovação é ainda uma área carente de gestão”, diz Sérgio Cochela, diretor executivo da Nous.
MUITO ALÉM DO P&D
Exemplos de empresas que usam plataformas de inovação:
DELL
Usa o IdeaStorm, que permite ao funcionário sugerir mudanças nos produtos. Já gerou 10 mil ideias e 400 foram implementadas
QUALCOMM
Criou uma rede própria, em que funcionários sugerem ideias e votam nas melhores; 30% das dez mais votadas recebem investimento
CISCO
A empresa, que usa o software Brightstorm, criou uma competição por ideias que premia os autores com até US$ 250 mil
Colaboração: Gabriel Oliveira
