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As 7 Ferramentas da Qualidade
em Ter, 12/09/2017 11:11 AM
Ferramentas da Qualidade
Gestão da Qualidade

É muito provável que você já tenha pelo menos ouvido falar das 7 ferramentas da qualidade usadas no ambiente empresarial, não é verdade? E isto não é por acaso. Reunidas nos anos 60 pelo japonês Kaoru Ishikawa – na época, membro da União Japonesa de Cientistas e Engenheiros (JUSE), elas eram consideradas por ele como as ferramentas básicas que podiam resolver 95% de todos os problemas de uma organização.

O Dr. Kaoru Ishikawa foi um notável contribuidor ao Controle da Qualidade Total (TQC) norte-americano – elaborado e desenvolvido principalmente pelos gurus Armand Feigenbaum, William Deming, Joseph Juran e Philip Crosby. Ele ficou mundialmente conhecido por sua extensão deste programa ao cenário industrial japonês, pelo incentivo aos Círculos da Qualidade e pela ferramenta que hoje leva o seu nome: o Diagrama de Ishikawa.

Contudo, é bom deixar claro que as outras 6 ferramentas da qualidade propostas não foram por Ishikawa elaboradas. Este cientista da qualidade teve apenas o trabalho de buscar agrupar um pequeno e eficiente grupo de técnicas e ferramentas que pudessem ser utilizadas com facilidade de implantação e uso por qualquer empresa.

Neste artigo, você irá entender do que se trata cada uma das 7 ferramentas da qualidade e quais seus objetivos, compreender a importância de utilizá-las com base em um método estruturado e sistêmico, e também descobrir quais são os motivos fundamentais que fazem com que estas ferramentas sejam ainda extremamente indispensáveis ao contexto corporativo até os dias de hoje.

Controle da Qualidade Total (TQC): a relação do Ciclo PDCA com as ferramentas da qualidade.

TQC – também conhecido como Gestão da Qualidade Total (TQM) – pode ser definido como um conjunto estratégico e organizado de boas práticas e fundamentos de gestão que buscam disseminar a cultura da qualidade em todos os processos produtivos e administrativos de uma organização.

Uma de suas premissas é baseada na prevenção de problemas, e para isto que é recomendado o uso do Ciclo PDCA. Esta metodologia conta com um método para controle de desempenho e outro para melhorias: o SDCA e a MASP, respectivamente. E é aí que as ferramentas da qualidade entram!

As 7 ferramentas da qualidade propostas pelo Dr. Ishikawa no século passado não tinham como objetivo estimular sua aplicação de modo isolado para a resolução de um problema. Muito pelo contrário, a grande influência de sua capacidade para resolver problemas e oportunidades de melhoria está em seu conjunto. E portanto, para adotá-las de maneira objetiva e prática é primordial baseá-las em um método pragmático e eficaz: no caso, o Ciclo PDCA.

As 7 ferramentas da qualidade: como funcionam e quais são seus objetivos?

Fluxograma: esta ferramenta possui como objetivo representar de forma gráfica e funcional a sequência operacional de um processo. Muito empregada em Procedimentos Operacionais Padrão (POP) pela clareza e facilidade de compreensão, o fluxograma é representado com símbolos específicos que indicam ao colaborador as entradas, o funcionamento e as saídas esperadas de um processo fabril ou administrativo, além de orientá-lo sobre quais decisões tomar mediante um problema ou imprevisto.

Lista de Verificação: também popularmente conhecido pelo termo em inglês Checklist, esta ferramenta tem como finalidade levantar dados e informações úteis sobre um processo. Por meio deste levantamento, uma análise mais apurada se torna possível, e por consequência, soluções de resolução mais eficazes são desenvolvidas. Uma ótima ferramenta auxiliar para uso em conjunto com a Lista de Verificação é o 5W2H, que de acordo com seus 7 fatores (o que, quando, quem, onde, quanto, como, custo) possibilita uma coleta de dados mais ampla e oportuna.

Diagrama de Pareto: esta ferramenta parte do princípio de que são em média apenas 20% das causas de um problema que resultam em 80% dos efeitos gerados no processo. O objetivo do diagrama de Pareto é então revelar quais são as principais causas que mais estão impactando no problema envolvido. Esta relação de causa e efeito é baseada em priorizar quais causas devem ser atacadas para resolver um problema do modo mais eficaz exequível.

Histograma: depois de efetuar uma coleta de dados utilizando a Lista de Verificação, sejam eles quantitativos ou qualitativos, uma excelente ferramenta para distribuí-los gráfica e visualmente é o Histograma. Esta ferramenta possui como propósito apresentar em um gráfico a distribuição dos dados coletados, revelando suas medidas de tendência central e de variabilidade. Com estas informações, é possível conhecer mais a fundo o comportamento de um respectivo problema e suas interferências no processo em questão.

Diagrama de Ishikawa: também popularmente conhecida como Diagrama de Causa e Efeito, Espinha de Peixe e Diagrama dos 6M’s, esta ferramenta tem como objetivo promover a informação de todas as prováveis causas de um problema sob 6 perspectivas distintas de atuação: material, método, mão-de-obra, máquina, medida e meio ambiente. Através desta explanação, as principais causas podem ser ponderadas e analisadas, e soluções para resolvê-las propostas e implantadas.

Gráfico de Dispersão: esta ferramenta possui como objetivo identificar a relação de causa e efeito entre duas ou mais variáveis de um problema. Ela é utilizada com o propósito de impedir que soluções precipitadas sejam tomadas, de modo que antecipadamente seja averiguada a relação de uma variável com outra. Enquanto que uma correlação positiva é expressa com a elevação ou queda em paralelo de duas ou mais variáveis, a correlação negativa é entendida com a relação contrária, em que para uma variável aumentar, a outra irá diminuir, e vice-versa.

Carta de Controle: como seu próprio nome sugere, esta ferramenta tem como finalidade examinar a capacidade de um processo operar sob controle, isto é, de produzir produtos que estejam dentro dos limites de especificação previamente estipulados. Por meio da carta de controle, e dos fundamentos do Controle Estatístico de Processos (CEP), os colaboradores podem ser treinados para identificar a existência de qualquer variação indesejada no processo, atuando de forma preventiva ao surgimento de qualquer eventual problema.

Quer saber mais sobre como aplicá-las na sua empresa?

Hoje você conheceu um pouco mais sobre cada uma das 7 ferramentas da qualidade. Porém, como vimos, tão importante quanto as ferramentas é o método por trás de sua aplicação. Implantá-las para a solução de problemas da maneira exata e precisa é crucial, e por isso, seu emprego de forma correta de acordo com a metodologia de resolução de problemas e oportunidades de melhoria é tão importante.

Para te orientar no processo de desenvolvimento ou mesmo revisão do seu sistema de gerenciamento da qualidade, incluindo os métodos para controle e de melhoria de desempenho – como o SDCA e a MASP, por exemplo, nós da ECR Consultoria podemos te ajudar! Com treinamentos práticos e eficientes na área de gestão da qualidade, e consultoria especializada para promover a excelência de resultados, sua área e empresa terá muito a ganhar!

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