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Como profissional da comunicação atuo há cerca de 14 anos com comunicação interna e endomarketing e percebo o quanto este “produto” ainda é algo intangível para um número significativo de pessoas.

Recentemente num papo entre amigos fui questionada, justamente, sobre a razão de ser do meu trabalho.

Mesmo que a comunicação seja reconhecidamente uma necessidade vital para as pessoas e para as organizações e que esteja sendo tratada como estratégia, ainda assim, muitas vezes me pego explicando o que faço.

Pois bem, ao ser questionada sobre qual seria a minha “missão” profissional respondi rapidamente, quase sem pensar: “é contribuir para deixar as pessoas mais felizes no seu ambiente de trabalho”. Parece utopia não é mesmo? Quase um ataque de “Poliana”...  Mas depois fiquei pensando na profundidade do que tinha dito e me dei conta do quanto acredito mesmo que ações de comunicação quando bem conduzidas e orientadas em um ambiente organizacional podem sim contribuir para deixar as pessoas mais felizes. 

Não tenho a pretensão de afirmar que a comunicação é a solução para todos os problemas de uma organização. Mas pode ser a solução sim em situações que necessitam de uma mudança de comportamento e que envolvam um processo de troca de informações. Um processo de fusão quando bem informado a todos os colaboradores pode impactar de forma positiva na rotina e na percepção das pessoas. Potencializar o que uma organização tem de bom (como seus valores ou política de benefícios, por exemplo) pode fazer toda a diferença no momento em que o funcionário receber uma proposta de trabalho em outra empresa, tiver que tomar uma decisão e optar por ficar onde está. Cada vez mais para acreditar é preciso conhecer.

E um processo de comunicação quando associado a ações internas com uma dose de criatividade, mais que surpreender pode encantar e aproximar ainda mais os colaboradores da empresa a qual pertencem. Recentemente li um artigo onde uma especialista em comunicação defendia que a comunicação interna como ferramenta transformadora deve ser pensada como a publicidade, uma atividade que lida com o desejo e a necessidade. Nádia Rebouças afirma que “é preciso ‘embalar’ a informação como um produto para gerar interesse dos colaboradores, caso contrário, ninguém terá vontade de ler o jornal mural”.

Portanto, é preciso comunicar e ao mesmo tempo mexer com a emoção das pessoas. A informação no ambiente corporativo tem que ser oficial para ser reconhecida como verdade, mas pode (e deve) ser compartilhada através de canais mais interativos, atrativos e criativos para mobilizar os colaboradores nos objetivos que a empresa quer alcançar. Nós como telespectadores sabemos que a propaganda que não esquecemos é justamente aquela que nos emociona, ou nos faz rir ou com a qual nos identificamos. Logo, o princípio para a comunicação interna deve ser o mesmo que a propaganda utiliza para nos mobilizar: a emoção.

No momento em que se conseguir não apenas informar, mas também emocionar, encantar, quem sabe até inspirar ou arrancar um simples sorriso daqueles que são usuários da comunicação nas empresas, terei a convicção de que minha missão enquanto profissional está sendo cumprida. E a julgar pelos esforços e investimentos que tenho percebido nesta área, que cada vez mais assume uma posição estratégica dentro das empresas, percebo que estou no caminho certo.

A seguir compartilho com vocês um vídeo de uma marca tradicional de eletrodomésticos que literalmente serviu de “inspiração” para o conteúdo deste artigo.