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Fechar um negócio é a última etapa de um processo que começa muito antes, e representa uma vitória para muitas pessoas que viabilizaram que isto pudesse ocorrer. Não importa o segmento da organização, seja primária, indústria, comércio, serviços, sem fins lucrativos ou terceiro setor: uma boa relação dentro de casa, sólida, transparente e madura, é o início de tudo, e irá refletir externamente.

Simples assim: a qualidade da relação da empresa com seu mercado e clientes é um reflexo direto do relacionamento que ela tem com seus colaboradores.

Tanto melhor for esta relação, mais respaldo competitivo e legitimidade a organização terá em seu campo de atuação. Indo ainda mais longe, isso significa dizer que os valores transacionais internos serão os mesmos valore negociais externos. Logo, o empregado apenas será capaz de oferecer ao mercado aquilo que a empresa lhe oferece.

Isso significa dizer que, caso o principal vínculo do empregado com a empresa seja sua remuneração, ou seja, o dinheiro, mesmo que esta seja acima da média, o único diferencial que ela será capaz de sustentar no longo prazo é o preço baixo. Pois, se as pessoas enxergam prioritariamente o dinheiro como base de troca de sua relação com a empresa, somente conseguirão negociar com o cliente nestes mesmos termos. Com esta configuração, a empresa jamais conseguiria se diferenciar por qualidade de serviços ou excelência em atendimento.

Sempre haverá uma contrapartida correlata destes fatores. Por exemplo, se uma empresa deseja diferenciar-se no mercado através de “conhecimento”, internamente deverá oferecer “aprendizagem” aos seus colaboradores. Se o diferencial externo for “inovação”, internamente a empresa deverá oferecer “autonomia”, encorajar que as pessoas assumam riscos e compreender os erros como investimento no aprendizado.

Caso queira ser percebida pelo mercado como detentora de um atendimento excepcional, precisará tratar seus colaboradores com alto grau de respeito e transparência, buscando sempre antecipar suas necessidades. Para a empresa ser a marca preferida do mercado, precisará constituir altíssimo grau de orgulho por parte de seus colaboradores.

Poderíamos persistir estabelecendo estas correlações infinitamente, cabendo apenas lembrar que estas variáveis não ocorrem isoladas, normalmente há um conjunto de diferenciais competitivos que requerem sustentação em um conjunto de fatores intrínsecos à relação de trabalho com as pessoas.

O endomarketing atuará justamente nesta transposição, alinhando e sincronizando as relações internas com o posicionamento de mercado.