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O caminho que venho trilhando na área de gestão empresarial oferece oportunidades incríveis de aprendizado, de observação, de relacionamento, de conhecer pessoas e de buscar respostas para os objetivos não alcançados, pois os alcançados são vistos como mera obrigação no mundo dos negócios.

Na atualidade o que mais tem chamado minha atenção é a dificuldade das empresas e dos líderes em engajarem as pessoas para que participem de forma ativa das estratégias e planos traçados, para que se alinhem e lutem pelos objetivos e metas da organização. É o que chamo de compartilhar um sonho comum, de ser permitir sonhar e viver o que outras pessoas próximas estão sonhando em viver, é participar de forma ativa, é engajar-se.

Resolvi buscar um pouco mais de informação... e... tentar encontrar algumas respostas... uma das premissas é de que vivemos hoje impactados por um excesso de informações, enquanto simultaneamente, temos uma gama enorme de atividades a fazer - a atenção das pessoas está distribuída entre uma multiplicidade de coisas e informações de forma que conseguir chamar a atenção delas para sua mensagem não é fácil.

Vários nomes são dados a esta nova fase, sempre na tentativa de “rotular”, de acertar ou de prever, prática histórica do ser humano em predizer o futuro. Já ouvi que é a era da Economia da Atenção, Info-obesidade, da Inovação, da Sustentabilidade, do Consumo Colaborativo, do Conhecimento. O que é certo, independente no nome da era, é que a atenção das pessoas está se tornando um bem cada vez mais escasso e disputado. A audiência apenas não é mais garantia de sucesso, é necessário conseguir também atenção!

Engajar é ainda mais complicado do que conseguir atenção. Engajamento envolve algum tipo de ação por parte das pessoas depois que foram impactadas pela sua mensagem. Assim, enquanto atenção se refere a perceber, engajamento se refere a agir. Conseguir motivar uma pessoa para que saia da sua zona de conforto e se mobilize para agir é exatamente o que chamo de engajamento.

A atenção e o engajamento das pessoas em relação a algo estão diretamente associados à relevância que esse algo tem para a pessoa. Eu re-significo relevância por “interesse”. As pessoas têm diferentes interesses em função do tempo, do contexto, do local. As pessoas não "são", as pessoas "estão", e a relevância muda conforme o estado das pessoas.

E como conseguir ser um grande artista na arte de engajar as pessoas num mundo em que precisamos lidar, diariamente, com pessoas de foco e interesses completamente diferentes umas das outras, sejam elas clientes, fornecedores, parceiros de negócio, colegas, entre outros tipos? Isto requer que saibamos conciliar as expectativas destas pessoas em seus próprios mundos, o que exige que sejamos além de profissionais, verdadeiros Artistas Empreendedores e conhecedores da alma das pessoas, de suas características inatas.

O Google entendeu e o faz de forma bastante eficiente com os Links Patrocinados: oferece ao seu usuário um anúncio com um assunto alinhado com o que ele está buscando ou lendo no momento, portanto, relevante para ele naquele instante.

E no ambiente corporativo e social? Como podemos, por exemplo, fazer com que os colaboradores de uma nova organização tenham interesse em lutar para desenvolvê-la, no momento em que ela mais precisa de disponibilidade trabalho e interesse das pessoas? Como podemos, por exemplo, fazer com que as pessoas adquiram hábitos benéficos para a sustentabilidade ambiental quando elas não se importam com isso, quando não estão interessadas no meio ambiente? Como conseguir mudar a cultura de uma empresa, modificando hábitos dos colaboradores quando eles não estão interessados na mudança?

Deveria, como diz a praxe, terminar o artigo com uma conclusão, mas termino deixando as indagações do parágrafo acima, para que você leitor, comente abaixo, deixando suas conclusões, suas considerações sobre a melhor forma de agir para engajar as pessoas e te-las interessadas em suas estratégias e planos.